7 itens essenciais para serem abordados em uma política de acesso eficiente

Aprenda como definir funções claras e avaliar as medidas de segurança na sua empresa, protegendo-a contra ameaças e construindo uma cultura de segurança.

As organizações hoje estão sujeitas a diversas ameaças cibernéticas, tornando crucial estabelecer medidas de segurança fortes. No centro dessas medidas está o estabelecimento de uma política de acesso eficiente — um conjunto abrangente de diretrizes que controla quem pode acessar dados, sistemas e informações da empresa. Elaborar uma política de acesso não apenas protege os ativos da sua organização, mas também garante a conformidade com os padrões regulatórios e promove uma cultura de conscientização sobre segurança.

Neste artigo nos aprofundamos nos sete componentes essenciais que formam a espinha dorsal de uma política de acesso forte, orientando você sobre como implementar esses elementos para fortalecer a estrutura de segurança da sua organização.

O que é uma política de acesso?

 Uma política de acesso é um conjunto de regras e diretrizes projetadas para controlar quem pode acessar dados, sistemas e informações da empresa. Seu objetivo principal é proteger dados confidenciais de acesso não autorizado e garantir que apenas indivíduos autorizados possam acessar recursos específicos. Isso envolve delinear critérios e controles específicos para conceder, gerenciar e revogar direitos de acesso a vários ativos digitais e físicos dentro de uma organização. Uma política de acesso serve como um elemento fundamental da infraestrutura de segurança de uma organização, estabelecendo processos claros para funcionários e partes interessadas.

Além da proteção, as políticas de acesso fornecem uma abordagem estruturada para gerenciar e proteger informações, alinhando-se com os objetivos mais amplos da estratégia de segurança da organização. Essas políticas ajudam a delinear os limites de acesso para diferentes funções dentro da organização, garantindo que dados confidenciais sejam acessíveis apenas para aqueles que precisam deles para desempenhar suas funções. Ao fazer isso, as políticas de acesso não apenas protegem informações críticas, mas também promovem a eficiência operacional e a responsabilidade dentro da organização.

Porque as políticas de acesso são essenciais em uma organização?

Políticas de acesso são essenciais porque ajudam as organizações a:

  • Proteger seus ativos críticos
  • Manter a conformidade com os requisitos regulatórios
  • Minimizar o risco de violações de dados
  • Definem os processos que todos precisam seguir

Ao definir diretrizes claras para controle de acesso, essas políticas garantem que os funcionários entendam suas funções e responsabilidades na manutenção da segurança, promovendo assim uma cultura de vigilância e responsabilidade. Essa clareza ajuda a prevenir acesso não autorizado, violações de dados e outros incidentes de segurança, garantindo que todos os membros da organização estejam cientes e cumpram os protocolos de segurança estabelecidos.

Além disso, políticas de acesso eficazes simplificam os processos de concessão, controle e revogação de acesso, reduzindo a probabilidade de acesso não autorizado e potenciais incidentes de segurança. Essas políticas garantem que os direitos de acesso sejam revisados ​​e atualizados regularmente em resposta a mudanças em funções, responsabilidades ou na estrutura organizacional. 

Essa abordagem dinâmica para o gerenciamento de acesso não apenas aprimora a segurança, mas também oferece suporte à conformidade com os padrões do setor e requisitos regulatórios, protegendo ainda mais a organização de repercussões legais e financeiras associadas a violações de dados e não conformidade.

Os 7 componentes de uma política de acesso eficiente

Para construir uma estrutura de segurança robusta, é crucial incorporar elementos específicos em sua política de acesso. Aqui estão sete componentes essenciais que garantem que sua política de acesso seja abrangente e eficaz.

1. Esclareça o propósito da política. Deve estar alinhada com a natureza da organização e sua estratégia

O propósito de uma política de acesso eficiente é garantir que os dados, sistemas e informações da companhia sejam protegidos e acessados somente por pessoas autorizadas. 

Esta política detalha a estrutura interna necessária para assegurar essa proteção, incluindo controles, procedimentos, definições de acesso, e papéis e responsabilidades. Além disso, deve estar alinhado à natureza e à estratégia geral da organização, refletindo seus valores e necessidades operacionais.

2. Estabeleça a abrangência e as definições

É fundamental que a política de acesso defina claramente sua abrangência dentro da organização, especificando quais unidades e setores devem seguir as diretrizes estabelecidas. Isso ajuda a garantir que todos os colaboradores entendam a extensão da política e as áreas que ela cobre. 

Além disso, é crucial definir claramente os termos de segurança utilizados na política. Isso assegura que todos os colaboradores compreendam os conceitos e terminologias, promovendo uma aplicação consistente e eficaz das medidas de segurança.

3. Estabeleça papéis e responsabilidades

A segurança da informação é dever de todos. Contudo deve-se estabelecer na política quais são os papéis e responsabilidades envolvidos para assegurar a aplicação dos processos de segurança da informação. É importante definir na política a responsabilidade e autoridade das áreas de segurança, assim como dos gestores e demais envolvidos.

Processos claramente documentados garantem transparência e aplicação consistente em toda a organização, reduzindo o risco de acesso não autorizado e garantindo a revogação oportuna do acesso quando não for mais necessário.

4. Defina os processos para liberação dos acessos aos dados e informações, assim como os controles que devem ser executados

A organização deve definir processos e controles rigorosos para gerenciamento dos acessos, respeitando suas particularidades e criticidades. 

São definidos as aprovações, quais tipos de controles serão aplicados, com que frequência será realizada a revisão dos acessos, como se dará o desprovisionamento, etc. É importante estes processos estarem definidos e claros para todos os colaboradores.

5. Detalhe os métodos de autenticação 

É essencial que a organização estabeleça em sua política métodos de autenticação para garantir a segurança dos dados e sistemas.  Entre os métodos recomendados estão o uso de Time-out, configurado para ativar após 10 minutos ou menos de inatividade, e a Autenticação Multifator (MFA). 

A MFA pode ser implementada utilizando uma combinação de algo que o usuário saiba, como uma senha ou PIN, algo que o usuário possua, como um token físico ou plataforma de MFA, e algo que o usuário seja, como reconhecimento facial ou biométrico, sendo esse método recomendado para sistemas não críticos e obrigatório para sistemas críticos que processam dados críticos.

6. Descreva os programas de treinamento e sua importância

É essencial a existência de programas de treinamento sobre segurança da informação para todos os colaboradores. Esses programas podem ser realizados de diversas formas, como webinars, simulações e testes. 

No entanto, é crucial que esses treinamentos sejam realizados com frequência, pois o nível de maturidade em segurança da informação é um dos elementos mais importantes para a prevenção de ataques. 

A conscientização e educação contínua dos colaboradores sobre as melhores práticas de segurança ajuda a criar uma cultura de segurança robusta dentro da organização, reduzindo significativamente o risco de violações de dados e outros incidentes de segurança.

7. Defina como as regras se aplicam aos terceiros

As organizações mantêm suas operações com diversas empresas terceirizadas que prestam serviços em diversos processos, inclusive segurança da informação. 

É necessário definir como as regras se aplicam a terceiros, bem como suas limitações e processos para obtenção de acesso a sistemas e dados. 

Importante também definir como esses terceiros têm seus acessos revisados e também revogados.

Como as organizações podem implementar políticas de acessos eficientes?

Implementar políticas de acesso eficientes requer uma abordagem sistemática. As organizações devem começar conduzindo uma avaliação de risco completa para identificar potenciais vulnerabilidades e áreas que precisam de controles de acesso mais fortes. Em seguida, elas devem desenvolver uma política de acesso abrangente com base nos componentes descritos acima. 

É essencial revisar e atualizar regularmente a política para se adaptar às ameaças em evolução e às mudanças na estrutura organizacional. Programas de treinamento e conscientização devem ser conduzidos para garantir que todos os funcionários entendam e cumpram a política. Além disso, as organizações devem aproveitar soluções de tecnologia, como ferramentas de gerenciamento de acesso privilegiado (PAM), para automatizar e aplicar controles de acesso de forma eficaz.

Uma política de acesso não deve ser estática. A avaliação contínua e a avaliação abrangente dos riscos específicos da organização e das estruturas existentes são vitais para o desenvolvimento de uma política que não seja apenas eficiente, mas também adaptável às necessidades dinâmicas do ambiente de trabalho.

Conclusão

A construção de uma política de gestão de acessos eficiente é fundamental para proteger a organização de ameaças e promover uma cultura de segurança ativa e consciente entre todos os colaboradores. 

Os tópicos abordados, como definição de escopo, papéis e responsabilidades, métodos de autenticação, processos de aprovação e controles rigorosos, são essenciais para criar uma estrutura de segurança robusta. No entanto, é crucial entender que uma política de acessos não deve se restringir apenas a esses pontos. 

A avaliação contínua e abrangente da organização, considerando seus riscos específicos e estrutura existente, é vital para desenvolver uma política que seja não apenas eficiente, mas também adaptável às necessidades dinâmicas do ambiente de trabalho. Segurança da informação é um processo contínuo que requer vigilância constante, treinamento regular e revisões periódicas. 

Ao adotar uma abordagem proativa e detalhada, sua organização estará melhor equipada para enfrentar os desafios de segurança atuais e futuros, assegurando a integridade e confidencialidade das informações.

Portanto, ao implementar essas diretrizes e ir além, sua organização estará moldando um ambiente seguro que fomenta a confiança e protege seus ativos mais valiosos. A chave está em uma avaliação consciente e contínua, visando sempre aperfeiçoar as práticas e manter a segurança como uma prioridade central.

Henrique Stabelin
Compliance Manager na senhasegura

Especialista em Riscos, Controles Internos, Compliance, Cybersecurity, LGPD e Continuidade de Negócios. Mais de 13 anos de experiência em Riscos de TI, Auditoria, Controles Internos, Compliance e Privacidade de Dados, atuando em empresas como senhasegura, Banco Daycoval, PwC e GRCTeam. Também já realizou projetos em grandes empresas, incluindo XP Investimentos, Banco Itaú, Santander, JP Morgan e Zurich. Conta ainda com certificações pela Cobit Foundation Exam, Compliance em Proteção de Dados e PQO-B3 - COMPLIANCE.

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